Ouço muitos comentários dizendo que "saber" ou "entender" Matemática é um dom ou alguma palavra semelhante. Será? A Ciência que investiga o cérebro humano é tão ansiosa por respostas quanto a Ciência que procura respostas na imensidão do Universo.
Sabiamente Galileu Galilei escreveu em seu livro, Il Saggiatore:
A Filosofia [Ciência] está escrita neste grande livro, o Universo, que está permanentemente aberto e ao alcance do nosso olhar. Mas o livro não pode ser compreendido sem antes aprendermos a linguagem e os caracteres em que está escrito. A linguagem é a Matemática, e os caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem as quais é humanamente impossível compreender uma única palavra.
Não há citação mais adequada para iniciar uma breve história, sobre como treinei meu cérebro para me tornar fluente em Matemática. Neste post, contarei um pouco como foi o meu processo de aprendizado durante curso de Matemática concluído em 2007, no DME-UERN.
Ouço muitos comentários dizendo que "saber" ou "entender" Matemática é um dom ou alguma palavra semelhante. Será? A Ciência que investiga o cérebro humano é tão ansiosa por respostas quanto a Ciência que procura respostas na imensidão do Universo.
Alguns estudos mostram que crianças podem nascer com habilidades matemáticas. São habilidades cognitivas incomuns que com o passar de sua idade ficarão em evidência. Mesmo assim, é um futuro incerto que depende de outros fatores que podem influenciar no avanço de suas altas habilidades.
No meu caso, não fui diagnosticado com nenhuma habilidade especial em Matemática na minha infância. Talvez se tivesse sofrido uma influência maior do meio que vivia, teria desenvolvido uma habilidade maior para tocar bateria, o que exige muito uma coordenação motora para uma criança de 8 anos.
O meu despertar para a Matemática foi tardio se comparado aos meus colegas professores que começaram a gostar de Matemática, desde crianças, e que se tornaram professores de Matemática. O meu prazer pela Matemática surgiu na 8ª série (hoje 9º ano), quando ainda nem sabia o que era realmente Matemática, apenas era um garoto que adorada resolver equações quadráticas e biquadradas.
Duas páginas do meu caderno que usei na 8ª série (1170 x 1600)
Naquele época eu nunca abri a boca para reclamar dizendo: a fórmula de Bhaskara não serve pra nada. Não tinha nem noção do que era aplicações matemáticas.
Mas, antes de chegar a esse ponto sofri um pouco. Serei breve. Acompanhe.
Já fui reprovado
Fui reprovado duas vezes (não riam). Na 2ª série (hoje 3º ano) e na 4 série (5º ano). Não escrevo isso com prazer, porém tive motivos inacreditáveis que levaram a este ponto e que lembro-me muito bem. Não citarei um deles para não alongar mais ainda o texto.
O segundo fator, era minha deficiência visual que começava a se agravar naquela época. A miopia forte me impedia de acompanhar as tarefas realizadas no quadro. Não tinha óculos e não podia comprar um. Sempre introspectivo, me escondia em algum lugar na escola e não assistia as aulas. Resultado: reprovado. Na 5ª série não sabia as quatro operações básicas.
Somente no ano seguinte, que a equipe pedagógica e meus pais detectaram o problema e assim continuei normalmente minha vida escolar.
Bons professores
A consequência de ter bons professores comprometidos com o ensino, faz toda a diferença, principalmente, durante o Ensino Fundamental onde estudamos as principais teorias para obter uma boa base matemática. Dizemos que uma pessoa é dotada de base matemática, quando ela detém de um conjunto de conhecimentos específicos que possibilitam:
- Identificar a linguagem matemática (símbolos e nomenclaturas padrões);
- Interpretar a linguagem matemática em diferentes contextos;
- Dominar operações aritméticas e algébricas;
- Identificar, interpretar e dominar a Geometria no contexto aritmético e algébrico.
E assim consegui concluir o Ensino Fundamental.
Tudo deu errado
Durante o Ensino Médio aconteceu tudo de errado. Falta de professores. Professores descompromissados com o ensino. Foram os 3 anos mais longos da minha vida.Para você ter uma ideia, concluí o Ensino Médio sem dominar conteúdos básicos, como por exemplo, Intervalos. Sim, aqueles segmentos de reta com círculos abertos ou fechados, para resolver sistemas de inequações ou simplesmente representar uma inequação. Sem falar na Geometria.
O jeito era colocar em prática o famoso "se vire sozinho!".
Estudar sem um orientador (assim defino um professor) é como tentar acessar páginas na internet sem ter um browser instalado no computador (que comparação tosca). É se sentir perdido.
Ingresso na universidade
Não cursar um bom Ensino Médio e não poder se preparar pagando por um cursinho, deixaram tudo mais complicado. Como já citei, tive que me virar sozinho.Dedicava 10 horas do dia para estudar todas as matérias e ler os quatro livros exigidos para o Processo Seletivo Vocacionado (PSV), que aliás, paguei R$ 50,00 pela inscrição. Naquela época o ENEM estava começando.
Me locomovia 5 km a pé até a biblioteca no centro da cidade para estudar e pegar os livros emprestados.
Estes pequenos esforços foram suficientes para ser aprovado no meu primeiro vestibular. 26ª colocação de 45 vagas.
O "sofrimento" inicial na faculdade
Foi durante o 1º período do curso de Matemática (modalidade licenciatura, mas com grade de bacharelado rsrs), que senti o baque. Um curso de Matemática é muito "puxado". Não há muito tempo para se tirar dúvidas. O ideal é que comece o curso com a base matemática completa, caso contrário terá que repetir a cadeira no semestre seguinte. E assim aconteceu.É a partir daqui que começou o treinamento pessoal para me tornar fluente em Matemática.
Como treinei meu cérebro para me tornar fluente em Matemática
Escrever e falar fluentemente em um idioma qualquer exige, obviamente, que domine o idioma. Dominar a grafia e todas as características de um idioma, permitem entender o que se escreve e lê. Com a Matemática não é diferente. Leia novamente a citação de Galileu.Quando me deparei pela primeira vez com a figura de um intervalo numérico, não tinha a menor noção do que aquilo significava. Calcular uniões, interseções e demais operações com intervalos era algo que eu odiava. Por que? Porque não entendia. E, geralmente, é assim: quando não conseguimos absorver um determinado conteúdo, não gostamos dele.
Mas não posso generalizar. Nem sempre o entendimento constrói fluência, pelo contrário, a fluência que constrói o entendimento.
- Leia o artigo: 5 motivos que fazem alunos odiarem as aulas de Matemática.
Segue abaixo os 4 passos que segui para recuperar, aprender e aperfeiçoar o meu conhecimento teórico em Matemática.
1º passo: Força de vontade
Antes de querer recuperar aquilo que havia deixado passar ou perdido, tive que reconhecer que também tenho minha parcela de culpa. Fiz uma autoavaliação e consegui identificar as minhas principais deficiências matemáticas, que me impediam dominar os conceitos e definições sequentes.Desta autoavaliação, identifiquei:
- Matemática básica (5º ano) estava ok. Não tinha problemas com os conteúdos básicos.
- Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano: ok.
- Por mais que tenha me saído bem no Ensino Fundamental, isso não garantiu que me sairia bem no Ensino Médio. O conteúdo do Ensino Médio é gigantesco e nunca dava tempo de estudar todo o conteúdo dado pelo professor, que, na maioria das vezes, foi negligente.
2º passo: Planejamento de estudos
Visitei a biblioteca da faculdade e peguei emprestado (e renovava a cada semana), uma coleção completa de Matemática (principalmente os de Gelson Iezzi). Sozinho, me dedicava horas e horas por dia, estudando cada volume da coleção, naquele silêncio gostoso da biblioteca.Montei um cronograma de estudos intensivo com 2 anos de duração. Cada volume era estudado e nunca adiantado sem entender o conteúdo anterior. Não tinha internet, vídeo aulas ou colegas pra me ajudar. Tive que me virar sozinho. Não foi nada fácil, mas depois de 2 anos e meio, terminei de estudar os principais volumes que seriam importantes para o entendimento de cadeiras como: Cálculo Diferencial e Integral, Álgebra Linear, etc. Estas duas as mais temidas.
3º passo: Aplicando Matemática em Matemática
Além de cumprir o cronograma que montei para estudar a Matemática correspondente ao Ensino Médio, cursava paralelamente cadeiras como: Física Teórica, Geometria Plana, Estatística, etc., que deixava as coisas ainda mais complicadas.A parte boa era que tudo se encaixava quando assistia as aulas, cujo conteúdo tinha pré-requisitos, que havia estudado e aprendido há algumas semanas.
Resultado: aquele inexperiente acadêmico de Matemática, reprovado em Matemática 1, alguns anos depois, é aluno destaque em Álgebra Linear 1 e 2. Não conto isso com muito orgulho, pois da minha turma, só pagaram a cadeira de Álgebra Linear, eu e mais dois colegas.
4º passo: Aprendendo ensinando
Participei de muitos grupos de estudos quando cursava Matemática na faculdade, mas na época não conseguia acompanhar o ritmo, pelos motivos que já leram neste post. Depois de muitos esforços consegui dominar o que antes nunca tinha estudado ou tinha dificuldade para aprender.
Algum tempo depois, mediante a muitos estudos, me tornei monitor voluntário de Matemática 1, 2 e 3, Geometria Plana, Geometria Analítica, Desenho Geométrico e Álgebra Linear 1 e 2. E este foi o período em que mais aprendi e desenvolvi minha fluência em Matemática, compartilhando aquilo que com muita luta consegui adquirir.
Diferentemente de outros colegas, eu sempre gostei de ajudar quem me procurava. Nunca me senti, por exemplo, o expert em Álgebra Linear, pois apenas detinha um pequeno conhecimento adquirido durante alguns meses de estudos, com excelentes professores.
Mas confesso que meu ego se sentia massageado, quando colegas com dificuldades me procuravam pedindo uma ajudinha. E meu ego explodia quando, os que criticavam, os que faziam questão de ver as notas baixas postadas na parede ao lado da sala, as notas da prova de uma determinada disciplina; ficarem de piadinhas. Infelizmente há os que só criticam em vez de ajudar.
Lembro-me de uma pergunta de uma amiga da faculdade: o que você fez para aprender tudo isso e agora está sendo monitor voluntário? Respondi que apenas batalhei por uma coisa que realmente gostava, não apenas pelo desafio.
Aos sábados e domingos montei um grupo de estudos na faculdade, para Álgebra Linear. Caminhava 4 km até o ponto aonde esperava uma carona, para poder ir à universidade. Não guardo nada que aprendi para mim mesmo. Sempre senti um desejo em querer ajudar. É por esse motivo que mantenho esse blog desde 2007.
Até mesmo grandes gênios da Matemática, como Andrew Wiles, passaram por desafios, cuja a própria Matemática e uma nova linguagem teve que ser "adaptada", com ajuda de outros matemáticos, afim de demonstrar o Último Teorema de Fermat.
Este texto não serve como um modelo que talvez funcione com você, é apenas um pouco das minhas experiências que ajudaram a me tornar fluente em Matemática. Não imagine que sou um expert da Matemática, pois não sou. Lembre-se: nem sempre o entendimento constrói a fluência, pelo contrário, a fluência que constrói o entendimento.
Caso contrário não seria um professor hoje. Não me atreveria a ensinar Matemática sem dominar aquilo que irei ensinar, como vejo muitos a agirem assim. O que me faz ter sucesso como professor, é me colocar no lugar dos meus alunos e mostrar que eles também podem aprender Matemática.
É impossível compreender a Física dos movimentos, a Biologia dos seres vivos, a Química que nos compõem, a Informática que facilita nossas vidas, a Astronomia que todos os dias desvenda os mistérios da nossa própria existência, as engenharias e qualquer outra área, sem dominar a linguagem que é comum a todas elas - a Matemática. Todas caminham lado a lado e já revolucionaram o mundo como o conhecemos, seja para o bem ou para o mal.
Tire um tempinho para ler os comentários nesse artigo.
Algum tempo depois, mediante a muitos estudos, me tornei monitor voluntário de Matemática 1, 2 e 3, Geometria Plana, Geometria Analítica, Desenho Geométrico e Álgebra Linear 1 e 2. E este foi o período em que mais aprendi e desenvolvi minha fluência em Matemática, compartilhando aquilo que com muita luta consegui adquirir.
A compreensão da Matemática por meio da discussão ativa é o talismã do aprendizado. Se você pode explicar para os outros o que você aprendeu, talvez, você deve entendê-los. [Barbara Oakley]
Diferentemente de outros colegas, eu sempre gostei de ajudar quem me procurava. Nunca me senti, por exemplo, o expert em Álgebra Linear, pois apenas detinha um pequeno conhecimento adquirido durante alguns meses de estudos, com excelentes professores.
Mas confesso que meu ego se sentia massageado, quando colegas com dificuldades me procuravam pedindo uma ajudinha. E meu ego explodia quando, os que criticavam, os que faziam questão de ver as notas baixas postadas na parede ao lado da sala, as notas da prova de uma determinada disciplina; ficarem de piadinhas. Infelizmente há os que só criticam em vez de ajudar.
Lembro-me de uma pergunta de uma amiga da faculdade: o que você fez para aprender tudo isso e agora está sendo monitor voluntário? Respondi que apenas batalhei por uma coisa que realmente gostava, não apenas pelo desafio.
Aos sábados e domingos montei um grupo de estudos na faculdade, para Álgebra Linear. Caminhava 4 km até o ponto aonde esperava uma carona, para poder ir à universidade. Não guardo nada que aprendi para mim mesmo. Sempre senti um desejo em querer ajudar. É por esse motivo que mantenho esse blog desde 2007.
Concluindo
Acredito fervorosamente que qualquer pessoa pode ser fluente em Matemática, desde que não sofra de nenhuma patologia que impeça isso. Porém, é necessário que se tenha o mínimo de consciência intelectual para identificar suas prioridades e tenha também muita força de vontade para estudar, sem desanimar.Até mesmo grandes gênios da Matemática, como Andrew Wiles, passaram por desafios, cuja a própria Matemática e uma nova linguagem teve que ser "adaptada", com ajuda de outros matemáticos, afim de demonstrar o Último Teorema de Fermat.
Este texto não serve como um modelo que talvez funcione com você, é apenas um pouco das minhas experiências que ajudaram a me tornar fluente em Matemática. Não imagine que sou um expert da Matemática, pois não sou. Lembre-se: nem sempre o entendimento constrói a fluência, pelo contrário, a fluência que constrói o entendimento.
Caso contrário não seria um professor hoje. Não me atreveria a ensinar Matemática sem dominar aquilo que irei ensinar, como vejo muitos a agirem assim. O que me faz ter sucesso como professor, é me colocar no lugar dos meus alunos e mostrar que eles também podem aprender Matemática.
É impossível compreender a Física dos movimentos, a Biologia dos seres vivos, a Química que nos compõem, a Informática que facilita nossas vidas, a Astronomia que todos os dias desvenda os mistérios da nossa própria existência, as engenharias e qualquer outra área, sem dominar a linguagem que é comum a todas elas - a Matemática. Todas caminham lado a lado e já revolucionaram o mundo como o conhecemos, seja para o bem ou para o mal.
Tire um tempinho para ler os comentários nesse artigo.
Olá Edigley!
ResponderExcluirMuito legal a sua trajetória... Digamos, inspiradora! Atitudes assim são cada vez mais raramente percebidas.
Você ainda mantem alguma rotina de estudo? Tem intenção/pretenção de cursar alguma especialização?
Olá, Charles!
ExcluirSempre tento inspirar meus alunos usando as minhas experiências desde a época de aluno do 6º ano até a faculdade. Alguns escutam, aplicam em suas vidas, outros não. O importante é que tento dar a minha contribuição.
Rotina de estudos como antes, não. Intenção de cursar uma especialização ou mestrado eu tenho, porém não queria fazer em qualquer área, como vejo muitos assim. Queria cursar com ênfase em Ensino de Matemática. Por aqui tem algumas faculdades, porém é paga e agora não posso. E para mestrado tem o PROFMAT que raramente nunca sobra vagas para professores que não atuam na rede pública.
Recentemente me inscrevi em uma especialização muita bacana, porém houve um problema com os meus arquivos enviados para o servidor e a inscrição não foi realizada. Este ano terá novamente e tentarei.
Um abraço!
Belo texto expondo sua experiência de vida. Passo a admirá-lo ainda mais depois desta leitura.
ResponderExcluirSucesso!
Olá, Kleber!
ExcluirQue bom que gostou do texto. Raramente escrevo textos pessoais assim. Também sou seu admirador. Aliás, qualquer pessoa que se aventura no mundo matemático, tendo suas dificuldades ou não, tem a minha admiração e respeito. E quando o professor é compromissado, minha admiração aumenta mais ainda.
Um abraço!
Eu tenho uma dúvida que me desanima de estudar matemática, ouvi falar que para ser bom em matemática presisa ter dom! Que quem não tem esse dom não irá conseguir aprender, nem com todo esforço do mundo, será verdade isso?
ExcluirOlá, Tiago!
ExcluirO texto explora justamente esse fato. Não é dom. Mas, sabemos que existem pessoas que praticamente desenvolvem a habilidade com a Matemática muito cedo.
Leia o texto com mais calma e perceberá que todos podem aprender matemática.
Abraço!
Olá Edigley!
ResponderExcluirCara, sua vida foi bem puxada em? Parabéns pelo ótimo post e pelas ótimas dicas que nos concedeu nele, sem dúvidas lutar por aquilo que gosta é um fator importante para conquistar o que se almeja.
Você é o exemplo de que força de vontade, foco e dedicação são relevantes quando se busca alcançar um objetivo difícil em nossas vidas.
Romirys Cavalcante
Olá, Romirys!
ExcluirOs 4 anos de faculdade foram difíceis. Eu não tinha transporte. Dependia e transporte coletivo e não tinha linha de ônibus para a faculdade que passava perto de casa. Eu caminhava 5 km todo o dia.
E quando chegava atrasado na parada de ônibus? Tinha que caminhar mais 6 km até o centro e esperar outro ônibus.
O resto da história ou parte dela você já leu aqui.
Um abraço!
Parabéns pelo empenho, só com força de vontade e luta nós conseguimos chegar ao nosso objetivo.
ResponderExcluirOlá, Ricardo!
ExcluirSem perseverança não vamos muito longe. Podemos lutar muito, apanhar muito, mas sem resistir e perseverar, tudo fica mais difícil.
Um abraço!
Caro Prof. Edgley,
ResponderExcluirÉ muito bom começar o ano com um relato tão inspirador, como o seu. Parabéns!
Enquanto lia sua história, eu me via em meu passado, em como também passei pelas minhas dificuldades (prefiro chamá-las de "desafios"), embora com muitos pontos de diferença, a começar por eu ter tido professores maravilhosos em todas as matérias, e a eles, assim como aos meus pais, eu tenho um profundo sentimento de gratidão. Nunca fui reprovado e se eu o fosse, pensaria em suicídio (e não estou brincando), então, preferi dar o melhor de mim mesmo, ainda que criticado pelos colegas que só se importavam em "fechar notas". Enfrentei um monstro que permanece até hoje na cabeça pequenininha das pessoas que é "o medo da Matemática", e descobri que não passava de um mito, pois hoje eu amo a Matemática, mais que um torcedor ama seu time preferido. Coincidentemente (embora acredito que coincidências não existam), encontro em seu relato duas coisas muito boas que minha atual religião me ensinou => agradecer sempre, e, ajudar o maior número de pessoas possível. Sabe, até me acho estranho eu estar numa religião, e, acreditando ou não em algo, posso afirmar, assim como Stephen Hawking deve ter mencionado, que a Matemática é a linguagem de Deus. O que vc, Edgley, passou, supostamente negativo, na verdade foi, positivamente, um combustível importante para você estar onde está, hoje colhendo o fruto de tudo aquilo que plantou, semente que demorou um pouco pra nascer, mas nasceu com qualidade excepcional, suplantando todos os obstáculos, e nesse ano novo, servindo de inspiração a tantas pessoas, incluindo eu. Mesmo que sejamos taxados de "nerds", ou "cdf´s", ou mesmo "lunáticos", melhor assim, satisfazendo aos nossos anseios do que essa geração "copiar - colar", de celular na mão com risinhos vazios, de vida oca e sem sentimentos. Parabéns Edgley! Que este ano de 2015 seja apenas mais um dos inúmeros anos de prosperidade. Abraços! Sidney
Olá, Sidney!
ExcluirComo é bom começar o ano lendo muitos comentários no blog (risos).
Percebi que muitas pessoas de identificam com esse relato. Recebi vários e-mails sobre esse artigo. Algumas pessoas preferem não comentar aqui, mas se abrem emocionadamente através de um e-mail. Eu recebi um e-mail que me fez chorar.
Eu fico feliz demais em saber que um simples blog está servindo de inspiração para você e outras pessoas que passam por aqui todos os dias. Não imaginei que o blog alcançaria pessoas e escolas desta forma. Isso me emociona.
Eu sou nerd mesmo e levo essa taxação como elogio. Infelizmente os nerds de hoje não vêem nos estudos a saída para sua independência, acham que nerds só jogam vídeo game e é fã de Star Wars.
Sidney, obrigado por sua presença aqui no blog, comentando e dando sua opinião sobre aquilo que leu. É um prazer tê-lo por aqui.
Um abraço e feliz 2015 para você!
Puxa! Muito obrigado! Obrigado por permitir participar, opinar, até mesmo com uma certa emoção (que, na visão da maioria, um "nerd" não teria).
ExcluirAssim como você, Edigley, também sinto emoção em tudo o que faço, e na Matemática também, assim como na Astronomia (que estudo).
Estaremos juntos em 2015 sim.
FELIZ 2015!
Sidney
Sidney,
ExcluirFique sempre a vontade para enviar críticas e sugestões para a melhoria do blog. Há uma página aqui no blog reservada para isso.
Um abraço!
Parabéns nobre companheiro!!! Sempre leio seus artigos e gosto bastante, principalmente neste pois também me vejo incluído no mesmo com relação as dificuldades de aprendizagem e lições de vidas. Não me comparo, é claro, com o mestre que você é, assim como todos ( os mestres ) da turma da qual fizemos parte.
ResponderExcluirSaudações.
Olá, Gama!
ExcluirÀs vezes me atrevo a escrever algum artigo pessoal, não imaginei que este trouxesse mais repercussão. Fico feliz em receber um comentário seu e saber que acompanha o blog. Fico feliz mesmo. Pelo pouco tempo que passamos na turma, foram tempos muito agradáveis e que sempre lembro-me com prazer.
Esqueça essa história de comparação. Todos somos capazes. Ninguém é maior do que ninguém.
Um abraço caloroso!
Amor...
ResponderExcluirÉ simplesmente motivante sua trajetória, que sirva de exemplo para muitos que colocam dificuldades em tudo na hora de estudar; onde hoje, tudo é mais fácil...
Sabes que te admiro demais...
sua fã nº 1.
Sua Cônjuge
Cônjuge,
ExcluirFoi apenas um resumo das minhas experiências. Omiti muitas fatos dos quais já compartilhei com você, caso contrário o texto ficaria mais extenso do já é (risos).
Beijo!
Bom dia Prof Edigley Alexandre, acabei de ler seu artigo e confesso que meus olhos se encheram de lagrimas, tenho uma dificuldade imensa com a matemática, ao tentar resolver problemas , testes , etc, começo a chorar é uma coisa muito maior que eu, lembro-me que entre o 5º e 6º foram bem complicados pra mim reprovei o 5º por 3x, lembro que tive um Prof. que realmente na quele ano fez com que eu entendesse a matemática com facilidade, mas logo fui aprovado com boas notas em matemática e no ano seguinte , não mas encontrei esse Prof. Com todas as dificuldades encontradas pelo caminho consegui concluir o ensino médio. Ainda tenho uma enorme dificuldade com a matemática gostaria muito de entender ou melhor ser fluente em matemática é uma coisa que me deixa em panico, fobia, fora do normal, sou concurseiro, sei que um dia passo em um deles, mas quando chego nas questões de matemática entro em panico começo a chorar tenho que sair da sala lavar o rosto e retornar para fazer as questões, que sempre sem êxitos nos acertos me fazem entrar em depressão não conseguindo concluir o restante da prova com sucesso. Adotei então a seguinte estratégia deixar as questões de matemáticas por ultimo, não podendo nem olhar para as mesmas, vem funcionando muito bem com as outras questões, mas ao chegar em matemática começa o sofrimento tudo outra vez, não sei se pode me ajudar, gostaria muito de olhar para as operações e poder faze-las com sucesso e acertos sem medo, seria uma realização na minha vida. Obrigado.
ResponderExcluirAtenciosamente,
João Paulo
Olá, João!
ExcluirEstou emocionado tão quanto você, ao ler o seu cometário. Nossa! Fiquei pensando alguns minutos antes de responder. Tenho que dizer de imediato que eu sinto uma incapacidade enorme em não poder te ajudar de forma direta.
Não sei se o meu relato pode te ajudar. Nem sempre conseguimos se virar nos 30 sozinhos. Mas pensando aqui, eu creio que o seu caso não seja apenas a compreensão de cálculos matemáticos. Não sou especialista para afirmar, mas como você relatou, parece-me algum fator psicológico que te bloqueia.
Tive um colega que há alguns anos prestava muitos concursos e vestibulares. Ele sofria toda a vez que entrava na sala. Simplesmente ele sentia uma dor forte no estômago. Corria para o banheiro e vomitava. Sempre era assim. Ele ficava gelado e nervoso durante a prova. Travava literalmente.
Anos depois que ele descobriu que sofria de um distúrbio que afetava sua concentração (não sei a palavra certa). Não era apenas em Matemática, mas com outras disciplinas também.
É impossível te avaliar a distância e dizer que faça isso ou aquilo, mas acredito que procurar um psicopedagogo especializado em terapia educacional possa te ajudar.
Eu lamento por ter que vivenciar situações que mexem com o seu emocional desta forma. Saiba que você é uma pessoa muito rara, pois mesmo diante de todas estas complicações, ainda sim está tentando. Eu admiro por isso, muito mesmo.
Um abraço!
100 palavras!!!!!
ResponderExcluirParabéns, parabéns e Parabéns!!!!!!!!!
Acompanho vc a algum tempo. E tenho certeza que seus artigos devem virar uma excelente Livro!!!
Aqui no DF tb é pobre para especializações na área de Matemática. Faço uma pós a distância que pode te interessar e não é tão caro, no meu ponto de vista. Universidade Cruzeiro do Sul - Especialização em Ensino da Matemática... É muito Bom!!!
Olá, Elaine!
ExcluirÉ bom vê-la por aqui, antes só trocávamos comentários no Google+. Sinta-se a vontade.
Se eu não conseguir entrar na Esp. do IFRN, com certeza procurarei nesta dica que me passou.
Obrigado por vir aqui.
Um abraço!
Parabéns professor! Sou aluna de engenharia e amo matemática. E mesmo apaixonada por essa matéria estou encontrado dificuldades na faculdade justamente por falhas em meu ensino médio, visto que eu estudei quase a minha vida inteira em escola publica e na minha época escolar reconheço que poderia ter me dedicado mais. Quero deixar aqui a minha imensa admiração pelo senhor pelo seu exemplo que está servindo de grande incentivo para mim, que nesse momento estou reestudando a matemática do ensino médio ao mesmo tempo que estudo as de nível superior (muito louco isso rsrs). Mas quando a gente gosta do que estuda tudo é possível e o seu texto, a sua experiencia é prova disso. Um forte abraço! Virei fã!
ResponderExcluirOlá, querida!
ExcluirObrigado pelo comentário gentil. De uma certa forma eu e você somos exemplos, no sentido de que se não há o mínimo de dedicação no Ensino Fundamental e Médio, as consequências virão lá na frente. Correr atrás do havia perdido é dureza.
Se me permite recomendo que estude também os conteúdos algébricos do Ensino Fundamental 2, muitos deles são básicos para o entendimento de conteúdos do Ensino Médio e posteriormente para Cálculo.
Qual engenharia está cursando? Bom, te desejo muito sucesso durante o curso.
Um abraço!
Parabéns pela história, me motivou bastante pois eu também tenho dificuldades em entender a linguagem matemática. Atualmente estou estudando para vestibular e gostaria que você me indicasse alguns livros de matemática que ajudasse com a matéria do ensino médio. Abraços!
ResponderExcluirOlá, Sofia!
ExcluirFico feliz em saber que o texto te motivou. A pretensão real nunca foi esta, quando tive a ideia de escrever este post. De qualquer forma é sempre bom saber o texto foi útil.
Partindo do pressuposto que você não tem lacunas em relação ao Ensino Fundamental, te recomendo que estude com livros que tratem, além de apenas exercícios, questões contextualizadas. Por que? Creio que a resposta já sabe. Os vestibulares mudaram muito e há cada vez mais questões de Matemática, Física, etc., contextualizadas.
Liros que recomendo:
- Fundamentos de Matemática Elementar. Vol 1 ao 10.
- Matemática: uma Nova Abordagem. Todos os volumes
- Recomendo não somente livros, mas também, canais no youtube: http://bit.ly/1jX78GK
Minhas indicações são poucas, porque os livros didáticos que utilizo são de sistemas de ensino, em escolas privadas.
Espero ter ajudado.
Te desejo todo o sucesso no vestibular. Passa depois por aqui para contar como se saiu.
Um abraço!
Professor Edicley terminei o ensino médio em 1997 e só consegui ingressar na faculdade em 2012, consegui passar no vestibular de uma universidade federal UFSJ, aqui no sul de minas a matemática que nos é ensinada nas escolas públicas é o básico do básico, não dá base para a faculdade, quando iniciei meus estudos olhei para aquilo e pensei, nunca vi isso na vida, rsrsrs. Hoje estou no 6º período e com dependências do 1º período, mais não desisti ainda estou na luta. Olha só tenho toda a coleção de Gelson Iezzi e nunca parei para estudar por ela. É com histórias assim que nos impulsiona a lutar sempre principalmente pela matemática que é um universo que só gostamos quando aprendemos.
ResponderExcluirObrigado por não nos deixar desistir.
Abraços
Yunis
Olá, Yunis!
ExcluirVocê falou uma verdade que carrego comigo. Só gostamos de uma coisa quando aprendemos. Claro, não é um caso geral, mas é verdade que isso ocorre muito.
Fico feliz por saber que, de uma forma tão simples, te impulsione rumo aos seus objetivos.
Não importa muito qual autor irá usar para estudar os conteúdos recorrentes de Matemática, o que importa mesmo é sua dedicação e força de vontade. Talvez este meu modelo não sirva para você. O que você pode fazer é descobrir uma forma em que sua determinação sempre encontre uma motivação, pois desta forma não irá parar no primeiro obstáculo.
Torço pelo seu sucesso. E quando esse dia chegar, volte aqui e compartilhe a sua vitória.
Um abraço!
Professor Edigley, parabéns pela a sua trajetória e por compartilha-la com nós. Me comovi com o seu relato, pois vivenciei situações semelhantes as suas. No ensino fundamental tive professores excelentes, mas no médio meus professores de matemática infelizmente não posso dizer o mesmo. Eu estou cursando o 3° semestre em Licenciatura em Matemática e até agora graças a Deus não perdi em nenhuma matéria, mas sempre que tenho dificuldades em algum conteúdo busco estudar os seus pré-requisitos. Até agora o meu semestre mais difícil foi o 2°, pois precisei trabalhar e além disso também tinha a bolsa do PIBID então era muito corrido e as minhas notas cairão tive que tomar muito energético para ficar acordado pra estudar. Seis meses muito árduo! Mas Graças a Deus e a minha foça de vontade eu conseguir!
ResponderExcluirOlá!
ExcluirAcho que tenho que lamentar pelo que passou, pois se foi semelhante a minha situação, você deve ter sofrido um pouco também.
Conciliar várias tarefas ao mesmo tempo tornará seus desafios ainda maiores. Se você conseguir conciliar tudo bem. Sua vitória terá um sabor ainda maior.
De qualquer forma fico feliz por saber que você gostou do que leu, se te inspirou. Te desejo sucesso em seus planos. Fique a vontade para voltar aqui quando quiser e contar sua trajetória rumo a conclusão da graduação.
Um abraço!
Parabéns! Seu esforço é inspirador. Tenho 30 anos e tive uma má história com a matemática. Sou formado e mestre em história. Atualmente trabalho como professor da rede pública de Goiás (em Goiânia). Nos últimos dois anos e meio estou cursando arqueologia pela PUC-Goiás. A arqueologia é uma ciência extremamente interdisciplinar. Quanto mais me aprofundo no campo, com um sincero desejo de produzir conhecimento científico, mais percebo que terei que me voltar para a matemática. Estou lendo PHYSICS, NATURE AND SOCIETY - A Guide to Order and Complexity in Our World (Joaquín Marro). Estou lhe escrevendo para perguntar isto: um disciplinado programa de estudos (talvez em 3 anos) sobre matemática com o material do Gelson Iezzi seria o bastante para criar condições para compreender, a partir do ponto de vista matemático, o que está se passando no campo de trocas entre paradigmas científicos? Digo, será que o material do Iezzi seria o bastante?
ResponderExcluirobg
Olá, Maulo!
ExcluirTudo dependerá de como está a base matemática que você absorveu no Ensino Fundamental 2.
Se você tem todos os pré-requisitos matemáticos do Fundamental, isso é ótimo. Poderá tranquilamente estudar com a coleção de Gelson Iezzi. Caso contrário, recomendo que revise toda a Matemática básica do Fundamental 2.
A coleção de Gelson Iezzi foi a que mais me identifiquei e que tive acesso na época. Você pode estudar com outras coleções de outros autores. Utilize a que você se sentir mais confortável com a leitura e nível de exercícios. A coleção é mais usada por estudantes de nível médio e superior.
Tem um outro fator. Você acha que a Matemática que precisará no curso de Arqueologia, é avançada? Nível Médio ou Superior?
Não sei até onde vai o nível de interdisciplinaridade do curso. Procure ter acesso a ementa completa do curso e veja quais conteúdos matemáticos são pré-requisitos para as áreas de aplicações do curso. Desta forma você poderá até ganhar tempo com os estudos.
Mas vale ressaltar que a Matemática é um conjunto sequencial de conteúdos. Estudar um conteúdo, envolve outras dezenas de conteúdos.
Espero que tenha te ajudado.
Um abraço!
Prezado Professor Edigley,
ResponderExcluirMuito obrigado por nos presentear com sua história com essa disciplina fantástica. Sou um admirador das ciências exatas e sua trajetória me motivou muito em não desistir de meu sonho em um dia concluir uma graduação em Matemática ou Física ou Engenharia Civil. Certamente não há como não sofrer em um curso de ciências exatas sem um amplo domínio da poderosa Matemática. Acho que muitos professores não tem a menor noção de que ajudariam muitos jovens, e até mesmo adultos, se tivessem sua mesma iniciativa, mas pode ser que a maioria deles sejam mesmos pessoas iluminadas como demonstram ser. Reitero o agradecimento e desejo que Deus continue lhe abençoando!
Olá, Jairo!
ExcluirMuito obrigado por vir até e deixar este comentário. Saiba que ele me motiva também, em vários aspectos.
É muito bom saber que minha história te motivou de certa forma. Não é errado ou feio desistir de um sonho, o errado é desistir sem ter ao menos tentado. Isso sim é frustante. E eu creio que não é o seu caso.
Como bem sabe, não é fácil, e realmente não é para qualquer pessoa. Tem que gostar mesmo.
Concordo quando diz que muitos professores não tem a mínima noção de ajudar jovens e adultos. Muitos nem sabem do tamanho da responsabilidade de ser um professor, fazem isso por dinheiro, por ter um cargo fixo no estado ou município, etc.
Gosto sempre de repetir: eu apenas tento dar a minha pequena contribuição. Fui ensinado assim.
Te desejo muito sucesso em seus estudos e quando estiver formado e lecionando, não esqueça de passar por aqui (risos).
Que Deus também te abençoe.
Um abraço!
Olá professor, li seu post sobre como treinei meu cérebro para me tornar fluente em matemática, e me deu uma animada, eu queria mt agradecê-lo por compartilhar essa experiência que o senhor teve com a matemática. Hoje tenho 19 anos, e acredite não sei nem como fazer uma equação do 2° grau, estudei em umas das piores escolas públicas de Sp, tive um ensino fundamental mt ruim, e médio tbm, mas claro, também tenho culpa. Mas hoje estou me esforçando para aprender matemática, pois desejo entrar em uma universidade pública. Ja estou nessa luta de aprender matemática ja tem alguns meses, e parece que n vou pra frente. mas... lendo seu texto, não vou desistir. Mais uma vez , mt obrigado.
ResponderExcluirOlá, Marcos!
ExcluirReconhecer sua parcela de culpa é uma qualidade muito rara hoje. Por isso admiro seu comentário aqui. Aproveite esta sua qualidade e use isso ai seu favor. Tente reverter o que deu de errado, praticando algumas dicas deixadas neste post.
Idade não é empecilho. Local ruim não pode ser empecilho. Não ter aprendido conteúdos básicos de Matemática não pode ser empecilho. O único empecilho que você poderá ter, é não acreditar que você pode recuperar o que perdeu e vencer naquilo que pretende.
Continue se esforçando. Se alguém te criticar negativamente, dê o seu silêncio como resposta e batalhe em rumo ao seu objetivo maior.
Estude, estude e estude. Use todos os recursos que estiver ao seu alcance. Seja metódico na organização de seus estudos. Planeje horários e cumpra-os regorosamente.
Teu sucesso será questão de tempo.
Te desejo muito sucesso nessa jornada.
Um abraço!
Você tem uma história muito motivadora, principalmente para aqueles que apreciam a matemática (eu adorooo).
ResponderExcluirÉ também motivadora a forma com que você se tornou fluente na matemática...
Após esse artigo se olhar bem para a sociedade de hoje se torna triste ao ver milhares de jovens seguindo o caminho das drogas, bebidas, etc.
Aprecio muito sua historia de vida, sou estudante e sonho em um dia também ser "boa" em matemática...
Brunna.
Olá, Bruna!
ExcluirObrigado por tirar um tempo para ler esse texto. Saiba que você é uma pessoa rara na internet. Poucas pessoas se dedicam a leitura de textos, ainda mais se for longo. Enfim.
Fico feliz em saber que achou minha história motivadora. Sempre uso esse texto para motivar meus alunos, principalmente, os que iniciam no 6º ano. Aliado a isso tento não cometer erros que vi de perto ou meus próprios erros.
Como disse no texto, depende exclusivamente dos seus esforços. Te desejo muito sucesso em seus estudos. Se lembrar, volte aqui e conte sua história.
Um abraço!
que historia...
ResponderExcluirparabéns por ter vencido suas dificuldades irmão...
Eu de novo haha, nossa deu até vergonha de ler sua historia e lembrar do quanto eu reclamava, tendo praticamente td de mão beijada... Boa historia, parabéns, e fiquei com um pouco de medo de ter muita dificuldade na faculdade que vou iniciar dia 15 agora de mat. licenciatura, na época do ensino médio sempre tirei notas boas em mat. mas eu estudava pra tirar uma nota boa mas dps nem lembrava mais do que havia estudado, tenho dificuldade em geometria espacial, e trigonometria, os triângulos são o inferno para mim kkkkkkkkkk vou começar agora a revisar td, e mais outra vez, PARABÉNS (Só querendo compartilhar o momento que me apaixonei por matematica mesmo, no ensino fundamental não me lembro bem o ano, mas creio que foi no 7° ano, quando vi pela primeira vez a professora fazendo uma equação do 1° grau, achei incrivel uma conta daquele tamanho, aprendi rapidin e ficava criando umas pra mim fazer e quanto maior ficava mais legal eu achava, gostava de apostar com meu amigo o Daniel que conheci no 5° ano (que aproposito vai iniciar o curso comigo) quem terminava primeiro a conta, até a professora nossa entrava na brincadeira e elaborava umas contas só para nos fazer, nossas notas era sempre 10 as vezes um de nos errava por um sinal bobo e tirava 9,9 era bom ganhar, odiava perder, pessoal da sala obviamente achava nos doido, mas era divertido, td com diversão e competitividade é melhor haha)
ResponderExcluirOlá, Arcanjo! Obrigado por sua presença aqui. É sempre com receber seus comentários.
ExcluirObrigado por compartilhar sua história aqui também, mesmo que resumida. Pois é, não foi fácil, mas venci.
Aproveite essa amizade de vocês. Estudem juntos e nunca esqueça de ajudar quem te procurar. Na turma que estudará Matemática terá diversos tipos de acadêmicos: os que sabem muito, os que sabem mais ou menos e os que tem grandes dificuldades.
Mas, todos tem algo em comum: gostam de Matemática e querem dominá-la. Ajude sempre.
Sua dedicação fará toda diferença.
Abraço!
PS: Por favor, sugiro que quebre a linha (ENTER) em seus comentários. Desta forma seu comentário ficará dividido em blocos, facilitando a leitura.
Pode deixar, oque eu puder ajudar, ajudarei.
ExcluirAbraço, e obg por td :D
Obrigado você!
ExcluirAbraço!
Nossa, confesso que quase chorei (sério), entrei na faculdade de contabilidade pensando no $$, tranquei e fui cursar direito, novamente pensando no $$, e agora conversando com meus pais, volto a minha origem, e volto atrás, quando falei que queria ser professor de matemática, pois gosto muuuito, mas, pensando no financeiro, acabou que foi esquecida (a matemática), agora em 2017 estou disposto a cursar matemática, fico feliz e me emociono, em vê pessoas felizes, pessoas alegres, com toda dificuldade financeira ou fisica, fazendo o possível pra cursar e se tornar aquilo que sempre sonhou, obrigado Edigley me ajudou bastante. O dinheiro não compra felicidade, nem realizações.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirSe estiver lendo seu comentário publicado. Por favor, reenvie-o e não use cifrão de dólar. Cifrão de dólar ou cifrão duplo, será interpretado com um comando Latex (que não é o caso) desconfigurando o texto do seu comentário.
Queria respondê-lo. Se possível se identifique.
Abraço!
Ao ler sua história entendo ainda mais o meu papel enquanto educadora e ao mesmo tempo acreditar que somos capazes sim é só querermos.
ResponderExcluirParabéns meu amigo és um grande exemplo pra nós.
Olá, Paola! Feliz vê-la por aqui.
ExcluirComo costumo sempre repetir: "a nossa pequena contribuição faz sim a diferença".
Um abraço!
Sensacional sua história Edigley! Aplaudindo de pé todo seu esforço e dedicação. Parabéns pela sua trajetória.
ResponderExcluirOlá, Welton!
ExcluirObrigado por seu comentário. Batalhar por aquilo que acredita sempre tem uma recompensa.
Um abraço!
Parabéns Edigley, sua história é de fato inspiradora. Estou num momento da minha vida em que estou focando em aprender matemática (principalmente álgebra linear) de forma profunda (respondendo os "porques" e "comos" de cada fórmula), pois tenho o objetivo não só de desenvolver um jogo de computador praticamente a partir do zero, mas também quem sabe me formar em matemática pois sou fascinado por essa linguagem universal. Eu tenho me cobrado cada vez mais alcançar a perfeição e isso torna as coisas muito mais difíceis, porém sei que o resultado compensa. A maior dificuldade, porém, é não ter pessoas a minha volta com quem eu possa compartilhar essas novas "descobertas" e a empolgação em finalmente entender cada peça desse quebra cabeças chamado matemática. Pra resumir, o aprendizado de um assunto complexo torna sua jornada cada vez mais individual conforme você entende mais sobre isso. Você ter ficado semanas estudando para finalmente entender uma fórmula de álgebra linear que calcula o volume de um paralelepípedo ou porque o produto dos pontos pode ser interpretado como uma projeção, não é um típico "assunto de bar" ou uma novidade que você pode contar para sua família ou amigos. Enfim, mais uma vez, parabéns por ter se superado e mostrado pra muitos que com determinação e foco a gente consegue não só estudar matemática, mas qualquer matéria por mais difícil que pareça.
ResponderExcluirOlá cara! Tudo na paz?
ExcluirEu entendo você. Também me sentia assim. Esse blog acabou servindo como uma espécie de confessionário, onde compartilho minhas ideias e opiniões sobre Matemática, Educação e Educação Matemática. É uma forma de desabafar. De quebra ganhei milhares de leitores que entendem e compartilham do mesmo pensamento. Isso é muito bom. É como estivessem ao meu lado ouvindo o que estou lendo.
Em alguns casos a amizade sai da esfera do blog e entra para o círculo de amizade pessoal, mesmo sendo à distância. Fiz belas amizades com pessoas que infelizmente moram longe, mas que é bom trocar nossos conhecimentos e principalmente experiências.
Sobre a sua jornada com a Matemática, você está indo no caminho certo - se questionando sempre. Espero que tenha professores que pensam assim como você, caso contrário terá alguns problemas. Infelizmente na faculdade tem professores que não estão abertos a ajudar e ouvir com sabedoria.
Desejo muito sucesso. Se um dia lembrar, espero que volte aqui e conte sua história.
Lutar por aquilo que acredita sempre compensa.
Um abraço!
Olá Edigley,desde pequeno meu pai me colocava pra fazer exercícios que envolvia cálculos matemáticos, com isso acabei desenvolvendo o interesse na área.Apesar de ter enfrentado algumas dificuldades na minha jornada pelos estudos consegui me desenvolver bem na matéria.Infelizmente hoje ,depois que terminei o ensino médio e comecei a fazer um curso que envolve física e matemática.Me deparei com grandes dificuldades,as vezes penso que é um caso perdido,estou para desistir de continuar,fico cada vez mais desanimado em ver que a matéria que eu tanto gostava se tornou algo impossível pra mim ...Mas ainda sinto algo dentro de mim que me faz continuar.Uma certa esperança de que vou voltar a ter o mesmo desempenho.Espero que tudo dê certo.Ler o seu texto foi motivador pra mim,e também me fez lembrar da época em que eu era um bom aluno.Continue com o blog.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirSabe qual era a frase que me falavam com mais frequência? "você é um caso perdido". Diziam isso pra mim por causa do meu porte físico (alto e magrelo), e, na época, fazendo o meu primeiro vestibular. Sempre fui introvertido, sem muitos amigos e sempre calado na minha. Só falava o necessário, pois poucas pessoas sabiam conversar comigo e me entender.
Depois que passei no meu primeiro vestibular e comecei a cursar a faculdade, foi que passaram a me olhar com outros olhos.
Portanto meu caro, não desista.
Se você tem saúde, então lute por aquilo que você acredita ser o melhor pra você. Desistir é mais fácil para pessoas em fase terminal em um hospital esperando morrer de câncer.
Um abraço e sucesso em seus estudos. Volte aqui para contar suas vitórias.
Bacana! Cheguei aqui exatamente buscando saber se a Matemática exige um cérebro (hardware) especial. Há tempos, pesquisando sobre matemáticos indianos, li em algum lugar que, perguntado sobre como resolvia suas questões, Ramanujan teria respondido que ao ver uma equação no quadro, conseguia vê-la toda, do início ao fim, e assim enxergar o resultado. Meu interesse por matemática é enorme, na mesma proporção de minha incompetência assumida. Receba minha homenagem simples pelo esforço e pelo resultado alcançado.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirAcredito em habilidade, que pode ser conquistada mediante a muito esforço. Mentes como a de Ramanujan é um caso especial, digno de gênios.
Obrigada pela valiosa homenagem. Espero que muitas pessoas ainda façam o mesmo por você. Lute e conseguirá.
Um abraço!
E uma grande experincia que ganhei depois de ter lido os textos acima, na verdade aprendi muito e me motivei a seguir medmo a matematica.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirFico feliz que tenho te ajudado de alguma forma. Continue na sua batalha. O sucesso é relativo e depende de você.
Abraço!
Chegando aqui pelo Telegram. Muito bom notar que se pode aprender com digamos "alguns tropeços", muito importante salientar que dedicação, persistência, depende de nós. Parabéns mesmo!!
ResponderExcluirOlá!
ExcluirPersistência é uma palavra que sempre falo.
Muito obrigado por seguir o blog através do Telegram.
Um abraço!
Linda história, inspiradora, Obrigado Professor, forte abraço!
ResponderExcluirObrigado, meu caro!
ExcluirUm forte abraço e sucesso em sua vida.
Seu texto foi um dos materiais na internet que mais me motivou. Não aprendi absolutamente nada de matematica no fundamental e médio, me formei em desgin gráfico a 10 anos atrás e atuo nessa profissão atualmente. Sempre tive muita raiva de matematica porque eu não a compreendia. Resolvi pela primeira vez aos 32 anos encarar ela de frente e comecei estudando sozinho. Percebi um amor que sempre estava ali disfarçado de raiva e angustia. Hoje os 33 comecei a cursar licenciatura em matemática e confesso que ainda estou caminhando pela matemática do colegial. Mas estou focado e apaixonado, espero aguentar aos trancos e barrancos e me tornar professor, a profissão que sempre sonhei.
ResponderExcluirOlá! Tudo bem?
ExcluirCostumo dizer que a idade é apenas um número. Nunca é tarde para estudar Matemática. Nunca é tarde para fazer o que ama, mesmo que muitos digam que você já passou do tempo de estudar tal conteúdo.
Eu fico muito feliz com o seu depoimento. Talvez há 10 anos o Brasil perdeu um ótimo professor de Matemática (você). Portanto meu caro, batalhe por ai e saiba que já sou seu admirador. Enfrentar essa luta não é para qualquer um. Espero ler outro comentário seu mostrando seu trabalho, lecionando, mudando a vida das pessoas, desmistificando que a Matemática por ser para todos.
Um forte abraço!
Mto obg, prof. Essa história foi inspiradora pra mim. Eu tenho 34 anos, sempre fui averso a metemática, porém de uns meses pra cá comecei a dscobrir a beleza da matemática, q segundo Galileu, é o idioma q Deus usou pra escrever o universo. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, Biano! Fico muito feliz em ter ajudado. Se puder leia também os comentários deste post. Vai ver que não está sozinho nessa. E se você tem desejo de seguir na área de Exatas, seja qual área for, lute por aquilo que você quer. Um abraço!
ExcluirBoa noite, tudo bom?! Me encontrava perdido, mas cheguei a conclusão que terei um longo e árduo caminho. Minha matemática básica não está muito boa. Para agravar, só descobri agora com 38 anos, ao entrar na faculdade de engenharia civil. Estou indo para o segundo semestre e já vi que o bicho vai pegar.
ResponderExcluirEncontrei alguns livros como Cálculo para Leigos e Pré-Cálculo: O guia para quem não é CDF, me pareceram bons. Você conhece?
Minha dúvida:
Como estudava os conteúdos, revisão, tinha caderno separado ou era um só mesmo etc. Como era seu dia a dia estudando?
Obrigado pelo texto, motiva muito a superar as dificuldades.
Claudinei/Campinas-SP
Olá, Claudinei! Tudo na paz! Espero que por ai também.
ExcluirSe você leu os comentários neste post, viu que não está sozinho. Aqui é apenas uma ínfima amostra de pessoas que estão em situação semelhante a sua.
Não sabia que esse texto iria motivar as pessoas. Eu fico feliz com isso. A intenção era apenas desabafar.
Sobre os livros eu sempre recomendo usar os livros de Gelson Iezzi para pré-Cálculo. Não que ele seja especializado para esse fim, é que essas coleções trazem todos os conteúdos que vemos no ensino médio e estão recheados de exercícios fáceis, médios e difíceis.
Os livros que você citou conheço apenas por capa. Não os li ainda. Talvez estejam em minha livraria virtual para comprar futura.
Sobre sua pergunta como eu estudava. Cara, eu ia para a biblioteca com uma resma de folha de ofício A4. Não gostava de caderno de folhas pautadas. Para cada livro eu tinha um material separado e arquivado, com capinha e tudo mais, identificando o contéudo estudado e as listas resolvidas.
Acredito que o método em si de organização não seja o mais importante para você agora.
Você precisa recuperar matemática básica e de ensino médio para poder entender bem as aulas de Cálculo. E isso é conquistado com muita perseverança nos estudos e força psicológica para encarar madrugadas acordado resolvendo listas.
Agradeço por estar aqui e espero que tenha sucesso em seus estudos.
Deus lhe abençoe!
Um abraço!