Você acredita que o nível de formação acadêmica é sinônimo de um profissional atuante e qualificado para lecionar Matemática?
Você tem uma graduação? E uma especialização? Mestrado? E doutorado em Matemática? Se você tem todas essas formações saiba que te admiro muito. Ah, não tem as últimas três formações?! Também não tenho! Mas saiba que mesmo assim te admiro muito.
Você tem algum professor de Matemática ou de outra área com mestrado, doutorado, etc.? Responda para si mesmo: como são as suas aulas?
Você acredita que o nível de formação acadêmica é sinônimo de um profissional atuante e qualificado para lecionar Matemática? É claro, descarte o fato de, por uma hipótese detestável, a pessoa tenha um diploma que foi "conquistado" de maneira duvidosa (não é improvável). Meu amigo Jaime tem apenas uma graduação em Física. Ele é um professor de encher os olhos e isso é dito por seus alunos. Mesmo assim é insatisfeito com a sua formação, acreditando que pode melhorar ainda mais. Ele acredita que com um mestrado e depois um doutorado, suas aulas podem ficar ainda melhores. E ele está certo.
Por outro lado o meu amigo Rodrigo tem uma graduação, especialização, mestrado e dois doutorados em Matemática. Além de trabalhar com algumas pesquisas, ele também ministra aulas na universidade. As suas turmas relatam que ele é um professor que deixa a desejar em vários fatores, mas, principalmente na didática de ensino.
Quando cursava Matemática, um dos meus maiores temores não era aprender Cálculo, Álgebra Linear, Análise Real, etc. Meu maior temor era: será que vou conseguir ensinar? Afinal, estava em curso de licenciatura. Entender Matemática e resolver dezenas de listas de exercícios avançadas é uma coisa, ensinar Matemática é outra coisa totalmente diferente e complexa.
Felizmente minha vocação me levou para o ensino Fundamental e Médio, o que não diminui a complexidade de ensinar, mas acredito ser o ambiente que faço maior diferença.
Como contei no artigo Nunca é tarde para estudar Matemática! Sua idade é apenas um número!, qual professor faz o melhor trabalho? O que leciona por vocação (paixão)? Ou o que leva a profissão como apenas uma opção alternativa? Em ambos os casos é necessário que ele domine o que vai ensinar. A diferença dos dois é que o professor vocacionado carrega consigo um espírito ajudador que inspira seus alunos.
Já conheci estudantes na universidade de diversos cursos que acabaram desistindo da licenciatura simplesmente porque não sabiam ensinar. Já conheci estudantes que passaram em processos seletivos para mestrado e doutorado com uma facilidade absurda, mas, lecionar com autoridade, didática, vocação, prazer, inspiração, etc., não conseguiam de forma alguma.
Alguns desses professores lecionam em universidades. São professores autoritários e que muitas vezes não estão nenhum pouco preocupado com o andamento da vida acadêmica dos seus alunos. Já vi professor reprovar estudante na faculdade por discussões bobas.
No entanto, não podemos generalizar. Ainda existem os professores inspiradores em universidades espalhadas por esse país lindo e mal tratado. São aqueles cujo o principal objetivo é a aprendizagem de seus alunos em suas aulas.
São aquelas aulas de encher os olhos. O professor mostra todo o seu domínio de conteúdo em suas aulas e ao mesmo tempo está preocupado se a turma está acompanhando tudo. É atencioso, justo e rigoroso na medida certa. Cobra o que tem que ser cobrado. Alivia o que tem que ser aliviado. São essas aulas que ao final você diz: já acabou?
Professor, mas didática é um fator muito relativo para cada professor. Sim, concordo.
A minha 'balança didática' é assim:
Você tem algum professor de Matemática ou de outra área com mestrado, doutorado, etc.? Responda para si mesmo: como são as suas aulas?
Você acredita que o nível de formação acadêmica é sinônimo de um profissional atuante e qualificado para lecionar Matemática? É claro, descarte o fato de, por uma hipótese detestável, a pessoa tenha um diploma que foi "conquistado" de maneira duvidosa (não é improvável). Meu amigo Jaime tem apenas uma graduação em Física. Ele é um professor de encher os olhos e isso é dito por seus alunos. Mesmo assim é insatisfeito com a sua formação, acreditando que pode melhorar ainda mais. Ele acredita que com um mestrado e depois um doutorado, suas aulas podem ficar ainda melhores. E ele está certo.
Por outro lado o meu amigo Rodrigo tem uma graduação, especialização, mestrado e dois doutorados em Matemática. Além de trabalhar com algumas pesquisas, ele também ministra aulas na universidade. As suas turmas relatam que ele é um professor que deixa a desejar em vários fatores, mas, principalmente na didática de ensino.

Quando cursava Matemática, um dos meus maiores temores não era aprender Cálculo, Álgebra Linear, Análise Real, etc. Meu maior temor era: será que vou conseguir ensinar? Afinal, estava em curso de licenciatura. Entender Matemática e resolver dezenas de listas de exercícios avançadas é uma coisa, ensinar Matemática é outra coisa totalmente diferente e complexa.
Felizmente minha vocação me levou para o ensino Fundamental e Médio, o que não diminui a complexidade de ensinar, mas acredito ser o ambiente que faço maior diferença.
Como contei no artigo Nunca é tarde para estudar Matemática! Sua idade é apenas um número!, qual professor faz o melhor trabalho? O que leciona por vocação (paixão)? Ou o que leva a profissão como apenas uma opção alternativa? Em ambos os casos é necessário que ele domine o que vai ensinar. A diferença dos dois é que o professor vocacionado carrega consigo um espírito ajudador que inspira seus alunos.
Já conheci estudantes na universidade de diversos cursos que acabaram desistindo da licenciatura simplesmente porque não sabiam ensinar. Já conheci estudantes que passaram em processos seletivos para mestrado e doutorado com uma facilidade absurda, mas, lecionar com autoridade, didática, vocação, prazer, inspiração, etc., não conseguiam de forma alguma.
Alguns desses professores lecionam em universidades. São professores autoritários e que muitas vezes não estão nenhum pouco preocupado com o andamento da vida acadêmica dos seus alunos. Já vi professor reprovar estudante na faculdade por discussões bobas.
No entanto, não podemos generalizar. Ainda existem os professores inspiradores em universidades espalhadas por esse país lindo e mal tratado. São aqueles cujo o principal objetivo é a aprendizagem de seus alunos em suas aulas.
São aquelas aulas de encher os olhos. O professor mostra todo o seu domínio de conteúdo em suas aulas e ao mesmo tempo está preocupado se a turma está acompanhando tudo. É atencioso, justo e rigoroso na medida certa. Cobra o que tem que ser cobrado. Alivia o que tem que ser aliviado. São essas aulas que ao final você diz: já acabou?
Professor, mas didática é um fator muito relativo para cada professor. Sim, concordo.
A minha 'balança didática' é assim:
- O professor X tem enorme dificuldade para que a turma entenda sua aula sobre Álgebra Linear. Uma hora de aula e a turma não avança em nada.
- O professor Y ensina Álgebra Linear de uma forma tão clara, mas tão clara, que parece que estou estudando Matemática básica.
Já teve professores assim? Por que essa diferença? Ambos têm domínio do mesmo conteúdo. Em muitos casos a didática que faz mais efeito é a própria linguagem que o professor utiliza em suas aulas.
Ser bom em Matemática não é sinônimo de ser um bom professor de Matemática.
Muitos me perguntam por que não fiz um mestrado e mais tarde doutorado. Responderei essa em outro artigo.
Ser bom em Matemática não é sinônimo de ser um bom professor de Matemática.
Muitos me perguntam por que não fiz um mestrado e mais tarde doutorado. Responderei essa em outro artigo.
Eu gostei
ResponderExcluirEu concordo que uma boa formação ajude o professor em sua prática. Não estou falando de simplesmente fazer especialização, mestrado ou doutorado. Acho q neste sentido dos estudos os cursos de licenciatura tem que estar focados na formação do professor de Matemática. Lembrar que não estão formando matemáticos e sim professores. Não estou falando de um curso mais fácil, se é q alguém pensou isso com a frase anterior. Mas as especificidades do professor de Matemática são muito diferentes da do matemático. Mas não posso deixar de mencionar que fiz o Profmat e considero que minhas aulas ficaram muito melhores, que sou uma professora muito mais atenta do que antes. Mesmo assim não acho q mestrado e doutorado sejam essenciais para que se tenha um bom professor. Existem as pessoas que já tem um dom natural para o ofício e se saem mt bem e por vezes mt melhor q um professor com maior formação. Mas acho q mesmo assim esse professor deve estar bem informado sobre as questões do ensino. Um bom caminho pra isso, a meu ver, é participar de simpósios e outros eventos com foco no ensino da Matemática. Eu, pelo menos, sinto que aprendo muito fazendo isso e me sinto motivada a refletir e mudar minhas práticas, consequentemente, acredito que melhoro como professora.
ResponderExcluirOlá, Graziele! Bom vê-la por aqui.
ExcluirSeu comentário é perfeito e sou de acordo com tudo. O problema crucial é que muitos cursos de licenciatura não estão formando professores com esse espírito.
Outro ponto que tocou é que o professor melhora suas habilidades quando participa de eventos matemáticos. Concordo também, no entanto, cadê o tempo para essas participações em eventos, mediante a todas as tarefas do professor exercidas na escola?
Obrigado por sua presença aqui.
Abraço!